Setor portuário receberá R$ 32 bi em cinco anos.

21-11-2011 21:23

Com investimentos da ordem de R$ 32 bilhões previstos para os próximos cinco anos, por parte da iniciativa privada, o setor portuário brasileiro é um dos focos das parcerias público-privadas, no País. É através dos portos que o País realiza, hoje, 95% das suas transações comerciais, em volume, e 86%, em valor.

A informação é do diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, que participou, ontem, em Beberibe (a 83 km de Fortaleza), da 6ª edição do Encontro Regional da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), do Nordeste.

Segundo ele, que foi um dos debatedores do painel "Desafios da Infraestrutura - Portos, Aeroportos e Ferrovias", os equipamentos portuários são os principais fomentadores do desenvolvimento, na região Nordeste, a exemplo dos portos do Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco.

"É preciso que o Nordeste continue investindo na área portuária, pois todas as grandes indústrias e outros empreendimentos privados podem ser atraídos para regiões que tem o porto como suporte de desenvolvimento", afirma.

Ele diz, no entanto, que, para a eficiência desses equipamentos, é necessário infraestruturas de acesso terrestre, como ferrovias e rodovias, como é o caso da Transnordestina. "Dessa forma, a parceria público-privada é vital para esses investimentos, pois o Estado não tem orçamento suficiente para toda essa estrutura, sendo necessária a participação também da iniciativa privada".

A parceria entre poder público e empresas, no setor portuário, é um modelo mundial que já é utilizado no Brasil há algum tempo. Atualmente, os portos públicos são arrendados para a iniciativa privada que conduz a operacionalização dos equipamentos e da comercialização. Cabe ao Estado, apenas a regulamentação, fiscalização e planejamento, bem como a infraestrutura de energia elétrica, água e esgoto.

Para o presidente da Apimec, no Ceará, Célio Fernando, a importância dessa sexta edição está, principalmente, em uma "integração" do Nordeste, em relação à iniciativa privada. "Precisamos criar uma aculturação sobre a parceria público-privada, na região, para termos mais ações da iniciativa privada para o desenvolvimento do Nordeste", afirma.

Fonte: O Povo Online / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.

 

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