Apagão provoca queda de 8,6% na indústria baiana.
10-10-2013 20:55O apagão de energia no final de agosto provocou a retração de 8,6% na produção da indústria baiana e interrompeu a sequência de resultados positivos que o setor vivenciou nos cinco meses anteriores. A situação prejudicou a região Nordeste, que apresentou desempenho negativo de 2,2%.
A falta de energia elétrica prejudicou principalmente empresas químicas e fabricantes de alimentos e bebidas, que tiveram prejuízos de 19% e 21%, respectivamente. Entre os setores acompanhados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) no estado, apenas o que produz minerais não metálicos cresceu.
"A gente destaca a Bahia, que recuou 8,6% de julho para agosto, entre as taxas negativas, após cinco taxas consecutivas positivas", afirma o técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rodrigo Lobo.
Ele ressaltou a elevada dependência da indústria baiana em relação à indústria química. "Essa queda mais brusca se deve ao desligamento do setor elétrico em agosto, o que afetou algumas indústrias, como, por exemplo, as de produtos químicos neste estado", diz o técnico.
Além da Bahia, outros seis locais pesquisados apresentaram um desempenho negativo em agosto, na comparação com o mês de julho.
Houve perdas no Rio de Janeiro (-4,2%), Pará (-1,6%) e Espírito Santo (-1,4%). O destaque positivo foi o do Paraná, que cresceu 3,6% entre julho e agosto.
Prejuízo grande - O secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, recebeu os dados da pesquisa como um sinal de que o governo federal precisa intensificar os investimentos no setor elétrico.
"Não é a primeira grande queda de energia recente, o que indica que temos um problema grave, pelo menos no Nordeste. Infelizmente um problema como este compromete o trabalho árduo de uma série de empresas. Precisamos de ações imediatas", diz Correia.
Ele diz que já cobrou do Ministério de Minas e Energia soluções, como o acionamento das usinas térmicas na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a conclusão de investimentos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco e a licitação de obras prometidas para a região há dois anos. "São fundamentais para o futuro, mas estão paradas", diz o secretário.
Fonte: A Tarde - Adaptado pelo Site da Logística.
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