Cimatec desenvolverá pesquisas e produtos para o mercado do pré-sal
14-02-2012 21:34O Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai-Cimatec) vai desenvolver pesquisas visando a fabricação de produtos a serem utilizados na exploração do pré-sal. A estratégia de ampliação centro, segundo o presidente do Sistema Fieb, José de Freitas Mascarenhas, é trabalhar junto as empresas.
“Não adianta se desenvolver um produto e ele não ser aplicado, não sair da prateleira”, disse o executivo. Dentro desta política, o Cimatec foi aprovado em dois projetos federais – junto ao Pronatec e à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Imbrapii).
Mascarenhas assinou ontem o contrato para a construção dos módulos 3 e 4 do Cimatec, num investimento de R$ 78 milhões, dos quais R$ 51 milhões em obras civis. A assinatura do documento contou com a presença do presidente da empresa responsável pela obra, a GMEC, José Bonifácio Pinto Júnior. Com 16,7 mil metros quadrados, as novas áreas abrigarão dois centros: Conformação Mecânica e Fundição e Logística e Gestão da Produção. Os projetos dos novos módulos do Cimatec foram desenvolvidos em parceria com a alemã Fraum Hofr IML, da cidade de Dortmund, especializada na área de logística.
O diretor regional do Senai Bahia, Leone Peter Andrade, explicou que o centro de conformação mecânica direciona-se a formação de peças por meio dos processos de forjamento ou estampagem, produzindo desde eixos de grandes máquinas indústrias a peças finas, como a tampa de latinhas de cerveja ou refrigerente. “É o processo mecânico que dá forma a metais”.
O Senai aplica R$ 28 milhões neste projeto de ampliação do Cimatec. O restante dos recursos é proveniente de um financiamento do BNDES de R$ 32 milhões, R$ 10 milhões de recursos próprios da Fieb e de R$ 8 milhões repassados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
O Cimatec foi inaugurado em 2002, no bojo da ampliação econômica da Bahia gerada pela inauguração do Projeto Amazon, da Ford, que abriu as portas em 2001, em Camaçari. Reúne hoje 56 laboratórios; 35 salas de aula e biblioteca com 3 mil títulos. Atua nas áreas de desenvolvimento de produtos e qualificação.
Os Cimatecs 1 e 2 ocupam área de 17,6 mil metros quadrados, direcionados às áreas de Processos de fabricação; Materiais e Ensaios; Produção, logística e qualidade; Automação Industrial; Manutenção industrial; engenharia automotiva; Microeletrônica e eletrônica embarcada; Mecânica de precisão; Modelagem computação e Certificação de pessoas. A construção dos dois módulos iniciais consumiu aproximadamente R$ 55 milhões.
Em entrevista à imprensa, o presidente da federação contou que o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) – integrante do sistema Fieb – desenvolve um mapeamento de indústrias interessadas em participar do polo acrílico, criado no ano passado a partir do anúncio de um investimento de R$ 1,25 bilhão por parte da alemã Basf e da Braskem
Críticas à “imaturidade” de órgãos ambientais
Na solenidade, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) manifestou a expectativa de a ampliação do Cimatec deslanchar a partir de agora.
“Tivemos que enfrentar a imaturidade do sistema brasileiro de licenciamento ambiental”, desabafou. Os Cimatec 3 e 4 esperaram dois anos e meio pela aprovação ambiental da obra. José Mascarenhas destacou que na Alemanha, berço das lutas preservacionaistas, projeto semelhante recebe aval de forma mais rápida e igualmente responsável, definindo todas as medidas compensatórias que se fizerem necessárias.
Fonte: tribunadabahia.com.br - Adaptado pelo Site da Logística.
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