Correios e modernização.

30-04-2011 21:16

 

Tem certas coisas no País que são, no mínimo, curiosas. De um lado a oposição fala em privatização dos Correios, dizendo que esta é a verdadeira intenção do atual governo, ao lançar o novo estatuto da empresa, embora esqueça de que quando ocupava o Palácio do Planalto rezou exatamente pela cartilha das privatizações, e nem vale citar quantas empresas entraram no processo.

Do outro, o governo fala em investimentos para a estatal e ampliação de suas funções, o que significa modernização, sobretudo, após o advento e popularização da internet, já que muitos migraram da velha correspondência entregue pelo carteiro para as mensagens instantâneas, emails, scraps e outras novidades mais.

Ao falar sobre o futuro dos Correios, ontem, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo foi certeiro. Ele apontou caminhos a seguir, para que a empresa sobreviva em um mundo cada vez mais digitalizado e que exige novas posturas.

Além de dizer que os Correios podem constituir um banco próprio, o que seria uma boa alternativa, afinal já atua na área financeira, através dos correspondentes bancários e do Banco Postal, teria a possibilidade de diversificação dos serviços. Claro, que o caminho é longo e depende de aprovação do Banco Central e, do principal, ter recursos disponíveis. Carteira pelo jeito já dispõe, segundo o ministro, já que são 11 milhões de contas ativas. Para ele, se não puder abrir um banco próprio, outra alternativa seria se associar a uma instituição financeira já existente.

Outra opção, segundo Bernardo, seria atuar na área de telefonia móvel. Não há impedimentos legais para isso, devido à recente regulamentação feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para atuar, os Correios alugariam uma rede de uma operadora já existente para exploração dos serviços. Resta apenas saber se é viável economicamente.

No leque apontado pelo ministro, ainda há o chamado correio hibrido. Recebimento de correspondências digitais, convertidas a um meio físico para entrega por meio das agências espalhadas em todo o País.

E na área de transporte e logística, ampliação da duração dos contratos com as empresas prestadoras de serviço, o que significaria mais economia, na avaliação do governo; participação em empresas áreas ou constituição de uma subsidiária de logística, já que atualmente, os Correios gastam R$ 300 milhões com transporte aéreo.

Segundo o ministro, todas essas possibilidades vão ser temas de reuniões a partir da próxima semana e a Medida Provisória 532 abre o caminho para essa modernização dos Correios. Quanto ao novo estatuto, ele deve ser publicado no Diário Oficial de segunda-feira.

É aguardar para ver quem está com a razão. A oposição ou o governo.

Fonte: ojornalweb.com - Adaptado pelo Site da Logística.

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