Dilma: plano de logística pode gerar "crescimento elevado".
15-08-2012 22:36A presidente Dilma Rousseff disse que o programa de logística lançado nesta quarta-feira visa a alavancar o crescimento do país nos próximos anos a taxas de até 5 por cento, e acrescentou que para isso o governo anunciará mais concessões na área de portos e aeroportos, além da redução do preço da energia elétrica.
"Quando (se) reduz custo, nós estamos querendo que o Brasil cresça numa taxa elevada por um período longo. Elevado para nós é em torno de 4,5 por cento, 5 (por cento) num período constante. Isso para nós é fundamental para garantir o emprego", disse a jornalistas, após a cerimônia de lançamento do programa em Brasília.
Segundo a presidente, o anúncio de concessões de 133 bilhões de reais em ferrovias e rodovias é o primeiro passo de um programa de logística que será divulgado, em partes, até meados de setembro.
"Nas próximas semanas nós faremos sobre aeroportos, tanto os grandes aeroportos do país, como o fato de o país necessitar de uma rede de aeroportos regionais", afirmou Dilma.
No caso dos aeroportos, o governo ainda estuda se fará novas concessões, repetindo o modelo adotado nos terminais de Guarulhos, Brasília e Campinas, ou se oferece contratos de Parcerias Público-Privada (PPPs) para que a iniciativa privada invista na renovação dos aeroportos.
Dos 133 bilhões de reais, 91 bilhões de reais serão destinados para ferrovias e o restante, de 42 bilhões de reais, para rodovias.
Ao todo, o Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias prevê que serão colocados para a iniciativa privada 10 mil quilômetros em ferrovias, por meio de 12 lotes, e 7,5 mil quilômetros em rodovias, com 9 lotes. Nos primeiros cinco anos, esses projetos vão absorver 79,5 bilhões de reais.
"CONSERTAR EQUÍVOCOS"
A presidente afirmou ainda que dizer que essa é uma nova rodada de privatizações no Brasil "é uma questão absolutamente falsa".
"Eu hoje estou tentando consertar em ferrovias, alguns equívocos cometidos na privatização das ferrovias", argumentou.
Segundo Dilma, no modelo em que foram privatizadas, as ferrovias não podem ser usadas por todos que querem transportar suas cargas e no novo modelo a ser adotado pelo governo todos os transportadores terão livre acesso ao modal.
"Ninguém que é dono da carga pode controlar a ferrovia. A ferrovia é de todos os que passam carga", disse.
Segundo ela, o governo também vai anunciar nas próximas semanas as reduções do preço da energia elétrica.
Nesse caso, está em estudo a retirada dos encargos federais cobrados na tarifa de energia.
O governo espera que essa iniciativa, junto com a renovação de contratos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que vencem a partir de 2015, seja capaz de reduzir o preço cobrado dos consumidores em cerca de 10 por cento.
Fonte: br.reuters.com - Adaptado pelo Site da Logística.
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