Gargalo vai apertar em 2014.

16-09-2013 20:21

A falta de logística para o escoamento das safras de grãos no oeste da Bahia é um problema antigo que vai crescendo com o tempo. Parece castigo, quanto mais se amplia a produção, pior se torna o problema. Se, por um lado, os produtores baianos da região que responde por aproximadamente 5% de tudo o que se planta no Brasil estão exultantes com a marca de 2,5 milhões de toneladas de soja previstas para ser colhidas na próxima safra, por outro, a perspectiva em relação ao escoamento é desalentadora. A produção é escoada no Terminal Privativo do Grupo M. Dias Branco, na Baía de Aratu, que não tem capacidade suficiente para escoar o volume, diz o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Busatto. "Nós não temos condições de exportar isso porque o porto não tem capacidade", lamenta. Pelo jeito, a fila de caminhões no ano que vem será grande.

Algodão também tem problema - As dificuldades logísticas são um dos principais limitadores do desenvolvimento do potencial agrícola do oeste baiano, explica Busatto. "Temos área e potencial para produzir três vezes mais do que produzimos", acredita.

Atualmente, a região produz oito milhões de toneladas de grãos. A soja, aos trancos e barrancos, sai por Salvador. Entretanto, o algodão continua a viajar para Santos e Paranaguá antes de ganhar o mundo. Por Salvador, sai 0,7% das 600 mil toneladas produzidas aqui. Se, no caso da soja, o porto não tem capacidade suficiente, o problema do algodão é a falta de uma linha direta de navegação para a China. "Nosso mercado é a China, mas, se sair por Salvador, leva 60 dias ou mais para chegar lá. Esse 0,7% foi para a Europa", explica Busatto.

Em discussão - O secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, está negociando uma linha direta entre o Porto de Salvador e a China.

Fonte: A Tarde / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.

 

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