Governo planeja construir 70 aeroportos regionais até 2014.
26-06-2012 20:29O governo brasileiro planeja ampliar o número de aeroportos regionais brasileiros de 129 para até 200 dentro de dois anos. Os estudos já começaram e o plano está em andamento, informou nesta segunda-feira (25) o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, durante encontro com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) em São Paulo.
"Do ponto de vista estratégico, temos que discutir agora, através de investimentos da Infraero [estatal que administra os aeroportos] e dos Estados e municípios. Hoje são 129 aeroportos regionais e atendemos a 74% da população brasileira num raio de 100 km. Queremos nos aproximar de duas centenas e atender a 94% da população brasileira".
Os aeroportos ficariam prontos antes da Copa do Mundo do Brasil, segundo o ministro, embora o prazo final ainda não tenha sido estabelecido no plano de aviação civil.
"No trabalho que estamos fazendo, [a meta] é fazer com que os aeroportos sejam cumpridos ate 2014, mas temos que ver o programa final que está sendo desenvolvido e depois verificar esse prazo".
Apesar de reconhecer que essa espécie de cronograma possa atrasar, já que é necessário "planejar a obra, verificar alternativas para fazer o investimento e depois fazer a construção", o ministro assegurou que tempo para erguer esses empreendimentos é suficiente. "Dá [tempo]. Nós somos rápidos".
A aviação civil brasileira cresceu, em média, 18% ao ano entre 2006 e 2011. O número de embarques nos aeroportos administrados pela Infraero em 2011 chegou a 179,9 milhões. Entre janeiro e maio deste ano, já são 77,1 milhões de embarques em vôo domésticos e internacionais.
Novas concessões - Em fevereiro deste ano, o governo federal leiloou a maior parte e entregou à iniciativa privada três dos principais aeroportos do País - Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF). O Planalto arrecadou R$ 24,5 bilhões com o negócio.
Bittencourt, no entanto, descartou por hora novos repasses dos terminais brasileiros a empresas particulares.
"A concessão é uma alternativa ao investimento, mas não existe nenhuma decisão quanto à concessão de novos aeroportos. Existe a possibilidade de construção de novos aeroportos em São Paulo, mas isto esta sendo avaliado pelo Decea. Mas não existe nenhuma definição quanto à concessão de novos aeroportos".
Saia justa - Durante o encontro na capital paulista, o ministro ouviu reclamações dos empresários por causa da infraestrutura aeroportuária do País, sobretudo em Guarulhos. Uma das questões levantadas foi se o ministro já tinha desembarcado no aeroporto de Cumbica, de um vôo internacional, no horário de pico. Ele disse que sim e admitiu ter encontrado dificuldades.
"Já desembarquei e realmente é um problema. É natural que o aeroporto cheio causa problemas e é por isso que estamos fazendo as concessões e novos investimentos".
Bittencourt também ouviu do próprio organizador do encontro e presidente do Lide, João Doria Jr., uma queixa sobre a negativa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a empresa aérea americana Delta Airlines, que tentou substituir uma aeronave que faz a rota Brasil-Estados Unidos por outra de maior porte.
A troca do avião ampliaria, segundo Doria, em 120 o número de passageiros transportados por dia no vôo São Paulo e Atlanta (EUA), o que daria quase mil pessoas a mais sendo transportadas por semana - sem a necessidade de um espaço extra dentro do aeroporto. Bittencourt afirmou que iria interferir junto à Anac e à Infraero para liberar a nova aeronave.
Fonte: R7 - Adaptado pelo Site da Logística.
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