IBGE mapeia infraestrutura do país e aponta vazio logístico no Nordeste e no Norte.

26-11-2014 16:18

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o Mapa de Logística dos Transportes, primeiro documento a reunir a localização de todos os modais de transportes e infraestruturas para a distribuição de mercadorias, como terminais alfandegados e armazéns, por exemplo. 

No comunicado sobre o trabalho, o instituto afirma que as rodovias têm uma forte predominância sobre os outros modais no país, com 61% do transporte de carga, e estão concentradas na região Centro-sul do país, com destaque para São Paulo. O trabalho aponta um ´vazio logístico´ em outras regiões.
 
"É interessante notar alguns ´vazios logísticos´ onde a rede de transporte é mais escassa, como o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e a do Madeira", diz o comunicado.
 
O trabalho concluiu que o crescimento econômico e o aumento do mercado interno estão gerando uma demanda crescente por melhorias nos sistemas de transportes para diminuir os custos logísticos e tornar a produção nacional mais competitiva no exterior e mais acessíveis ao mercado interno.
 
MAPA
 
O mapa se utiliza de dados já disponíveis em outros órgãos públicos e instituições do setor, como a CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Ele aponta as principais infraestruturas e mostra também alguns fluxos de mercadorias, como os da aviação de carga. Um dos destaques do IBGE é para a infraestrutura do estado de São Paulo, considerada bem distribuída no território.
 
"Com efeito, esse estado é o único a apresentar uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão conectadas à capital por uma vasta rede, incluindo rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê", afirma o trabalho.
 
Um dos destaques do trabalho é o mapeamento de dois elementos pouco estudados da logística no país, que são os armazéns de grãos e as estações aduaneiras internas, os chamados portos secos. Segundo o comunicado, a intenção é "contribuir para a análise e construção de uma nova geografia do país, a partir do entendimento da logística dos transportes de cargas e de pessoas enquanto dimensões estruturantes da rede urbana brasileira e das conexões intrarregionais que articulam o território nacional".


Fonte: Folha de São Paulo / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.


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