Obras de logística e infraestrutura para escoamento da produção de soja e milho do Matopiba estão entre os 30 acordos que serão assinados entre Brasil e China.
21-05-2015 15:32Entre os 30 acordos que a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang , com rojetos avaliados em US$ 53,3 bilhões, estão obras de logística e infraestrutura para o escoamento da produção de soja e milho da região do Matopiba, formada pelos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O primeiro-ministro Li Keqiang visita o país em comitiva com mais 150 empresários. Uma das principais razões é a criação de um fundo de US$ 50 bilhões, fruto de uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC).
O Ministério das Relações Exteriores divulgou na segunda-feira que os chineses têm interesse em investir em logística e infraestrutura em regiões de onde importa soja como a região dos Cerrados dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O governo federal está apostando alto na visita ao Brasil do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, para destravar os investimentos no país, principalmente, na área de infraestrutura. A intenção é anunciar um pacote de US$ 53,3 bilhões para projetos alguns já iniciados, outros novos como forma de mostrar uma agenda positiva com o principal parceiro brasileiro do comércio exterior.
O premier chinês chegou na segunda-feira à noite e terá um encontro com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, menos de um ano depois da visita oficial do presidente da China, Xi Jinping, em julho de 2014.
Existe um espaço grande para os investimentos chineses, principalmente, no segmento de infraestrutura, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, lembrando que os chineses são grandes importadores de commodities (produtos agrícolas e minerais cotados no mercado internacional) do Brasil.
A parceria pode reduzir o custo de transporte e tornar os produtos brasileiros mais competitivos, acrescenta o especialista. Thomaz Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também demonstra otimismo.
Os chineses têm investido bastante no Brasil, em diferentes níveis. O potencial de colaboração é muito grande e o grau de evolução é rápido, porque eles identificam os problemas e partem para uma solução a curto prazo, algo que os brasileiros precisam aprender, acrescentou.
A estrela dos acordos é a participação chinesa na chamada Ferrovia Transoceânica, que ligará a brasileira Ferrovia Norte-Sul à costa do Pacífico, no Peru. É um projeto estimado para custar entre US$ 4,5 bilhões (R$ 13,5 bilhões) e US$ 10 bilhões (R$ 30 bilhões).
A Transoceânica permitirá que o Brasil exporte pelo Pacífico soja e minério de ferro, dois dos seus principais produtos no comércio com a China, barateando o custo.
Fonte: Meio Norte / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.
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