Porto de Santos começa a utilizar drones a partir do próximo mês.

01-03-2018 08:30

A informação é do diretor de Operações Logísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Carlos Henrique de Oliveira Poço.

A partir do próximo mês, todas as operações de abastecimento de navios no Porto de Santos serão monitoradas por drones. A ideia é ampliar a segurança e identificar possíveis vazamentos durante a atividade rapidamente. Com isso, o atendimento às ocorrências também será realizado de maneira mais célere, reduzindo os impactos ambientais. 

A informação é do diretor de Operações Logísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Carlos Henrique de Oliveira Poço. O executivo participou, na última sexta-feira (23), de uma aula magna a alunos do curso de pós-graduação de Direito Marítimo e Portuário da Universidade Católica de Santos (UniSantos), no Boqueirão, em Santos. 

Segundo Poço, a Docas pretende concluir, nos próximos dias, o processo de aluguel dos veículos não tripulados. No início deste mês, foi realizado um pregão eletrônico e a empresa classificada cobrou R$ 2,5 milhões para manter seus drones em operação no complexo marítimo santista.

O certame precisa ser finalizado com a entrega da documentação pela empresa classificada, a Vert. Esta etapa deve ser concluída nos próximos dias. 

De acordo com o diretor da Docas, os equipamentos serão deslocados para o cais santista de acordo com a demanda da Autoridade Portuária. No contrato, está prevista a ação dos drones durante as 24 horas do dia, inclusive aos finais de semana e feriados no Porto. 

O projeto de utilizar drones no monitoramento do abastecimento de navios surgiu como uma forma de fiscalizar procedimentos em que há maior risco de dano ambiental. Um deles é no momento da atracação da barcaça (que carrega o combustível) ou ainda na conexão do mangote e na retirada do equipamento.

Em alguns casos, acontecem vazamentos, como o ocorrido com o navio chinês Shao Shan 5, que lançou cerca de 2 mil litros de óleo no estuário, em agosto de 2016, enquanto abastecia. Os responsáveis pela embarcação foram multados em quase R$ 120 mil por autoridades ambientais do cais santista por conta dos danos ao ecossistema. 

O mesmo aconteceu com o cargueiro Golden Trader II, de onde mais de 3 mil litros de óleo vazaram em novembro do ano passado. Com o acidente, as manchas se espalharam por uma área de 10 mil metros quadrados. 

“A fiscalização do abastecimento será contínua. Sempre que houver algum navio abastecendo, o drone estará lá, captando as imagens. Mas ele também terá outras funções no Porto”, destacou o diretor de Operações Logísticas da Companhia Docas.

Segurança

Poço se refere à segurança nas linhas de transmissão da Usina Hidrelétrica de Itatinga, que fica em Bertioga e fornece a maior parte da eletricidade consumida pelas operações do cais santista. Os cabos de suas linhas de transmissão foram alvo de constantes furtos nos últimos anos, por conta da atratividade do cobre, matéria-prima dos fios. 

Agora, os cabos foram trocados pelos de alumínio, que têm menor valor no mercado paralelo e a mesma viabilidade. Mas, mesmo assim, como a região percorrida pelas linhas de transmissão é de mata fechada, o difícil acesso compromete a presença constante de agentes da Guarda Portuária (Gport). Por isso, os veículos aéreos não tripulados também serão utilizados nesta área. 

Para a análise das imagens captadas pelos drones, será instalada uma base da empresa contratada na Docas. “Nos próximos dias, a gente concretiza o vencedor e aí colocamos os drones em operação no mês que vem. Será um ganho para as áreas de segurança, fiscalização e meio ambiente do Porto de Santos”, destacou o diretor da Autoridade Portuária.

Fonte: A Tribuna / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.

 

Voltar