Portuários de todo o País vão entrar em greve em fevereiro.
10-01-2012 22:27Os portuários de portos públicos de todo o País vão fazer uma greve de 24 horas no dia 8 de fevereiro. A categoria reivindica uma solução para o desequilíbrio financeiro no Portus, o fundo de previdência complementar da categoria, que está com um rombo de cerca de R$ 4 bilhões, o que tem impedido o repasse aos trabalhadores.
Se o governo não negociar até lá, a greve deve se estender por tempo indeterminado, a partir do dia 23 do mesmo mês. A greve deve atingir entre 25 mil e 30 mil trabalhadores, segundo a Federação Nacional dos Portuários (FNP).
O calendário foi aprovado em reunião das lideranças sindicais na última sexta-feira, dia 6 de janeiro, em Santos, litoral de São Paulo.
Os diretores Marildo Capanema, Gilmar Bastos, Irineu Barros Filho e Herval Nogueira Junior, do Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), que representa os trabalhadores da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), estiveram presentes representando os portuários capixabas.
Segundo o presidente da FNP, Eduardo Guterra, dos 30 sindicatos filiados à associação, 11 têm o Portus.
No dia 24 deste mês serão feitas assembleias para comunicar aos companheiros os rumos do movimento. Lembramos que no dia 23 também acaba o prazo da intervenção feita no Portus pelo governo, desde setembro do ano passado.
"Antes da mobilização vamos buscar audiências com a Secretaria de Portos (SEP), o Ministério da Previdência Social e a Secretaria Geral da Presidência da República", disse Guterra.
O rombo nos cofres do Portus se deve à falta de repasse dos valores pelas companhias docas. Ainda há mais R$ 1,2 bilhão referente a uma dívida da já extinta Portobras e nenhuma medida para resolver o problema foi apontada. O ideal, segundo o presidente da FNP, seria fazer um novo levantamento do total devido.
Acordo - Os portuários também estão de olho no Acordo Coletivo, que vence em maio. A luta é pelo reajuste de acordo com o INPC. Além do Porto de Vitória, Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Natal e Belém do Pará não assinaram acordo, sendo que o governo vetou algumas cláusulas que já haviam sido negociadas com as companhias docas.
Fonte: Portogente - Adaptado pelo Site da Logística.
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