Setor ferroviário estima fechar 2011 com movimentação de R$ 4 bilhões.

14-12-2011 20:12

O setor metroferroviário brasileiro teve um 2011 bem-sucedido: as empresas que atuam na área vão obter um faturamento de quase R$ 4 bilhões neste ano, 30% a mais do que conseguiram em 2010. As operadoras de transporte sobre trilhos incorporaram cerca de 5.700 vagões de carga, 330 carros metroferroviários para o transporte de passageiros e 113 locomotivas. A produção de vagões e locomotivas para carga teve alta de 75% sobre 2010: 5.700 unidades foram entregues, ante 3.261. O incremento do número de locomotivas que saíram da linha de montagem, até o momento, foi de 65% na comparação com o do ano passado - 113 unidades, versus 68. Já a reforma de locomotivas quase dobrou, crescendo 90% e somando 90 unidades trabalhadas.

São números apurados pelo Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre). Vicente Abate, diretor da entidade, destaca que alguns fatores impactaram positivamente o setor ferroviário de carga em 2011, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) patrocinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para o próximo ano ele defende a continuidade do PSI: "Vemos com expectativa positiva a sua extensão para até o final de 2012, incluída no Plano Brasil Maior. Mas entendemos que os juros talvez pudessem ser de 6 a 7% ao ano, equivalentes hoje aos juros do início do programa em 2009, que eram de 4,5% ao ano".

Passageiros - As empresas de transporte de passageiros sobre trilhos, por outro lado, não tiveram um 2011 tão feliz. Elas devem encerrar o ano com 328 vagões fabricados. No entanto, as reformas e modernizações de carros para a atividade obtiveram bons negócios, tais como as 78 unidades pedidas pelo Metropolitano de São Paulo e pela Supervia do Rio de Janeiro.

De qualquer modo, o segmento está otimista para o ano que entra graças à proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A perspectiva é de que haja um aporte de quase R$ 70 bilhões na área. "Só para São Paulo, no período de 2011 a 2014, temos investimentos na atividade que alcançam a cifra de 46,3 bilhões. Destes, R$ 26,2 bilhões irão para o Metrô e R$ 20,1 bilhões para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No caso do PAC2 da mobilidade, os recursos da União e financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) e do BNDES representam R$ 18 bilhões para os próximos 4 anos", destaca Luiz Fernando Ferrari, vice-presidente do Simefre.

Fonte: Abifer / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.

 

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