Tecon moderniza terminal.

05-12-2011 21:36

Com um mega investimento de R$ 180 milhões o Terminal de Contêineres de Salvador, Tecon, empresa do grupo Wilson Sons, acaba de mudar completamente a realidade tecnológica do porto de Salvador. As aquisições para o terminal de contêineres prometem aumentar a competitividade ampliando a movimentação do terminal de 250 mil TEUs/ ano para 530 mil TEUs/ano, perfazendo um incremento da ordem de 67% até o final da expansão previsto para 2012. Segundo o diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço Junior, as obras serão estratégicas na ampliação da capacidade do porto e no aumento da competitividade do Estado.

"Entre os equipamentos novos que chegaram da China, estão os três novos porteineres com capacidade Super Post panamax, que são os guindastes de carga e descarga, seis novos RTG, que são as pontes rolantes sobre rodas, utilizados na movimentação dos contêineres no pátio. Os porteineres têm lanças de 60 metros de comprimento, capazes de atender navios com 22 fileiras de contêineres de largura, tamanho dos maiores navios em operação no mundo", destaca.

Demir ressalta as vantagens dos equipamentos. Eles funcionam a base de eletricidade e não emitem gás carbônico. Eles ainda otimizarão a utilização do espaço no terminal que aumentará em 30% a produtividade. "Esses equipamentos são os primeiros totalmente elétricos a serem usados na América Latina. A aquisição elimina por ano a emissão de gases de efeito estufa equivalente a 26 mil árvores da Mata Atlântica", diz.

Além do investimento no maquinário, o valor aportado de R$ 180 milhões inclui as obras de ampliação e dragagem.

São R$ 160 milhões no terminal portuário e R$ 20 milhões no depósito situado em Porto Seco Pirajá. Demir Lourenço Junior ressaltou o começo das obras que se iniciou em 2010 após autorização do aditivo do contrato com a Codeba e a Antaq. Foi acrescentada uma área de 44 mil metros quadrados totalizando 118 mil metros quadrados. O berço de atracação alcançou com as obras 377 metros, além da realização da dragagem para 15 metros de profundidade.

"Queremos zerar o tempo de espera no porto de Salvador. Em 2000 ocupávamos uma área de 74 mil metros quadrados. Dispomos de uma área em Porto Seco Pirajá com 83 mil metros quadrados para recebimento, verificação de equipamentos e manutenção que também sofrerá intervenção visando a melhoria do serviço prestado. Com a realização das obras nossa capacidade será duplicada. Hoje exportamos 270 mil TEUs e com a conclusão das obras irá para 530 mil TEUs", cita.

Modernização é chave para o desenvolvimento - O diretor presidente da Intermarítima, Roberto Oliva, considera a modernização portuária vital para o porto. "Somos parceiros da Wilson Sons e os equipamentos entregues hoje são os mais modernos do mundo. Podemos promover melhorias portuárias respeitando o marco regulatório existente. Temos interesse no porto de Aratu, mais especificamente nos granéis sólidos. Queremos promover a recuperação junto com a Wilson Sons daquele terminal, mas é preciso uma decisão política sobre a questão de modernização portuária por parte da iniciativa privada", ressalta.

O vice-governador da Bahia e secretário de infraestrutura, Otto Alencar, comentou sobre a alteração na legislação federal para possibilitar o acesso da iniciativa privada aos portos públicos. "Estamos aguardando uma decisão governamental. A privatização portuária depende de uma mudança na lei". O porto de Salvador teve uma alteração no contrato por meio de aditivo.

Na próxima semana nos reunimos com a Codeba e o Tecon para estudar o aditivo. Estão sendo aguardados por meio do PAC valores de R$ 503 milhões para obras. Outro grande problema está no licenciamento ambiental que trava projetos e atrasa a realização de investimentos.

Obras de ampliação e dragagem - Presente ao evento, o presidente do grupo Wilson Sons, César Baião, considerou o momento como histórico para a economia estadual. "Foi na Bahia que o grupo Wilson Sons iniciou suas operações há mais de um século. Nascemos aqui e esse estado faz parte de nosso presente e de nosso futuro. A economia baiana passa pelo porto. A expectativa é gerar pelo menos 100 novos postos de trabalho até 2012 com essa modernização. Os equipamentos entregues refletem o compromisso da Wilson com a sustentabilidade e são os primeiros na América Latina com essa tecnologia. Passamos para uma nova etapa de desenvolvimento. Além disso queria ressaltar que os 377 metros não são suficientes para atender a dinâmica do estado. Precisamos duplicar o cais", disse Baião.

O presidente da Codeba, José Rebouças, visivelmente emocionado, salientou a importância do setor portuário para o desenvolvimento econômico e a promoção da justiça social na Bahia.

"Os investimentos são bastante importantes. Estamos promovendo estudos econômicos e de viabilidade para a área de arrendamento. Temos um berço que será usado para o serviço de cabotagem", frisa. O governador da Bahia, Jaques Wagner, também presente ao evento, destacou a importância das obras estruturantes para a economia baiana.

Fonte: Tribuna da Bahia / Usuport - Adaptado pelo Site da Logística.

 

Voltar